INTRODUÇÃO: |
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina propõe-se a ser uma escola experimental, voltada para o desenvolvimento de diferentes práticas pedagógicas, atuando como campo de ensino, estágio, pesquisa e extensão. Professores de Química trabalham na perspectiva de estimular a autonomia do aluno, priorizando a pesquisa como possibilidade de produção do conhecimento e do saber crítico, necessário à solução de problemas reais. Nesse ambiente acadêmico, ideal para a formação inicial e continuada de professores do Ensino Médio, professores e alunos do curso de Licenciatura em Química da UFSC vêm trabalhando de forma integrada, com docentes e alunos do Colégio de Aplicação. O presente trabalho tem como objetivo a apresentação dos resultados da interação, quando professores do Colégio de Aplicação analisaram, adequaram e aplicaram uma proposta de ensino, denominada "Tratamento de água: uma proposta para o Ensino Médio", elaborada por licenciandos em Química, matriculados na Disciplina de Instrumentação para o Ensino de Química. A execução da proposta de ensino possibilitou um trabalho pedagógico diferenciado, com efetiva troca de idéias e experiências entre o curso de Licenciatura em Química e professores e alunos do Ensino Médio do Colégio de Aplicação. Os resultados obtidos foram apresentados nas aulas de Ciências das quintas séries do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação e também divulgados para professores de Química da Rede Pública Estadual. |
METODOLOGIA: |
Como exigência inicial da Disciplina de Instrumentação para o Ensino de Química licenciandos elaboram propostas de ensino com abordagem temática, para serem desenvolvidas no Ensino Médio. Após análise crítica da proposta, professores do Colégio de Aplicação adaptaram e executaram a mesma nas aulas de Química Inorgânica das segundas séries. Cem alunos participaram das atividades, durante o primeiro semestre de 2005, num total de 30 aulas. Durante o aprofundamento do tema foram ensinados os conteúdos: polaridade, densidade, interações intermoleculares, ligações químicas, geometria molecular, solubilidade e funções inorgânicas. Os instrumentos de ensino e as estratégias utilizadas incluíram atividades experimentais, aulas de exercícios e apresentação de vídeo. Na etapa final, alunos do Ensino Médio montaram maquetes de estação de tratamento de água e elaboraram trabalhos escritos, na forma de folhetos explicativos e painéis, discutindo aspectos químicos, físicos e sócio-ambientais relacionados aos tópicos distribuição de água, ciclo da água, água na agricultura e políticas de uso racional de recursos hídricos. |
RESULTADOS: |
A abordagem da água como tema gerador multidisciplinar e as experiências acumuladas durante a execução da proposta de ensino resultaram num trabalho diferenciado, com formulação de questões do interesse dos alunos e aprofundamento do conhecimento químico. Quando comparada a uma metodologia tradicional, a aplicação dessa proposta mostrou-se bastante eficiente, devido a fatores como disponibilização dos instrumentos e estratégias de ensino e adequação da abordagem temática ao programa da disciplina. A contextualização e a interdisciplinaridade alcançadas permitiram maior dinamismo e interesse durante as aulas de Química, participação nas atividades experimentais, empenho e criatividade na elaboração dos trabalhos finais, além de melhora progressiva no rendimento individual dos alunos. Após a sua aplicação, os resultados foram divulgados, através de mini-curso, para professores de Química da Rede Pública Estadual, na forma de relato de experiência, com a apresentação dos trabalhos finais dos alunos. Finalmente, desencadeou-se uma abordagem temática nas aulas de Ciências das quintas séries do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação alcançando-se, assim, a integração de diferentes níveis de escolaridade. Nessa fase, a participação de alunos do curso de Licenciatura em Química, de professores do Colégio de Aplicação e de alunos das segundas séries do Ensino Médio forneceu subsídios e incentivo aos estudantes do Ensino Fundamental para novas pesquisas sobre o tema. |
CONCLUSÕES: |
A abordagem da água enquanto temática de relevância social e tecnológica permitiu a aplicação da proposta de ensino "Tratamento de água: uma proposta para o Ensino Médio", nas aulas de Química do Ensino Médio do Colégio de Aplicação e posteriormente com alunos do Ensino Fundamental. A diversificação de instrumentos didáticos e a troca de idéias e informações entre os sujeitos envolvidos tornaram o aprendizado da ciência Química mais atrativo e com maior articulação entre os conhecimentos escolares e a vida cotidiana dos alunos, contribuindo para uma alfabetização mais crítica, em termos de ciência e tecnologia. Os resultados obtidos demonstraram a viabilidade da proposta de ensino e das metodologias empregadas, possibilitando a integração de diferentes níveis de escolaridade, com o envolvimento de alunos e professores do Curso de Licenciatura em Química e alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio do Colégio de Aplicação. Desta forma o presente trabalho, além de permitir a discussão, mediação e reflexão sobre a atividade docente como um todo, possibilitou o intercâmbio institucional, entre o Curso de Licenciatura em Química e o Colégio de Aplicação. Salientou, também, o papel do Colégio como espaço para a formação inicial e continuada de professores, servindo de canal para troca de experiências na prática da pesquisa educacional.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Instrumentação para o Ensino de Química
APLICAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE ENSINO COM ABORDAGEM TEMÁTICA NAS AULAS DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO
Colégio de Aplicação – Universidade Federal de Santa Catarina; 2. Departamento de Química - Universidade Federal de Santa Catarina
fonte de pesquisa:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/SENIOR/RESUMOS/resumo_594.html
domingo, 12 de abril de 2009
Fotosssíntese e ecologia!!!!



Cientistas da Dinamarca afirmam ter descoberto a prova mais antiga do processo de fotossíntese em rochas de 3,7 bilhões de anos.
Fotossíntese é o processo pelo qual plantas, algas e determinadas bactérias convertem a luz do sol em energia química, liberando oxigênio.
A comprovação de que ela já existia um bilhão de anos antes do que se acredita significaria que a vida na Terra é mais antiga do que se supõe.
Os pesquisadores da Universidade de Copenhague – cujo estudo foi publicado no jornal científico Earth and Planetary Science Letters – analisaram antigos sedimentos do solo oceânico em Isua, na Groenlândia, onde eles já haviam descoberto os sinais de vida mais antigos do planeta.
Os cientistas encontraram altos níveis de urânio nos sedimentos. "O que isso demonstra é que a Terra tinha uma biosfera ativa antes de 3,7 bilhões de anos atrás", afirmou o professor Minik Rosing, que liderou o estudo com Robert Frei.
Oxigênio
Em um ambiente em que pouca ou nenhuma fotossíntese é feita, os elementos urânio e tório se moveriam juntos no oceano como partículas minerais.
Mas a abundância de urânio em relação ao tório nas pedras de Isua sugerem que os dois elementos foram quimicamente separados.
Isso acontece sob condições oxidantes nas quais organismos liberam oxigênio no meio ambiente.
Rosing e Frei concluíram, protanto, que micróbios como a cianobactéria já convertiam luz solar em energia química por meio de fotossíntese.
Acredita-se que a fotossíntese anaeróbica, um tipo de reação que não utiliza oxigênio, tenha se desenvolvido antes do processo com oxigênio.
Rosing não discorda dessa teoria, mas faz uma ressalva. "O problema é que não se sabe por quanto tempo existiu vida na Terra antes de 3,7 bilhões de anos atrás. Os registros geológicos acabam nessa época."
Ceticismo
No entanto, Roger Buick, que leciona Astrobiologia na Universidade de Washington, em Seattle, se mostrou cético em relação aos resultados.
"Qualquer coisa de uma época tão antiga tem de ser alguma forma ambígua. Essas pedras foram colocadas em um moinho geológico diversas vezes, seria difícil dizer que qualquer coisa que você vê é primário."
Rosing alega que os isótopos encontrados nas pedras preservam uma "memória" das composições de urânio e tópio que existiam na época.
"Rosing conhece (as rochas de Ishua) melhor do que ninguém. Eu não duvido desses dados por um minuto, só questiono quão forte pode ser a interpretação desses dados", afirma Buick.
Estudos conduzidos por Buick em rochas no oeste da Austrália indicam que a fotossíntese existe há algo entre 2,6 bilhões e 2,7 bilhões de anos, um bilhão de anos depois do que sugere o estudo de Rosing.
"A bioquímica necessária para a fotossíntese aeróbica requer grande evolução bacteriana. Se as descobertas deles estiverem corretas, a vida era muito sofisticada, já muito cedo na história da Terra", diz Buick.
"Durante 750 milhões de anos depois da sua formação, a Terra foi bombardeada por meteoritos. Esse bombardeio só acabou 3,8 bilhões de anos atrás. Você pensaria que essas condições seriam bastante hostis a organismos que precisam de oxigênio para realizar fotossíntese. Mas a vida pode ser mais antiga e mais robusta do que pensávamos."
Paul Rincon
BBC Brasil
fonte de pesquisa:
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/9352
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Importância da Quimica Ambiental


quinta-feira, 2 de abril de 2009
Inicia-se as preocupações com o Meio Ambiente devido o Clima recente no Planeta

Bonn — Bonn - Alemanha - O futuro do planeta precisa de governantes que costurem acordos ambiciosos para salvar o clima.
Foi dada a largada para as discussões internacionais sobre as mudanças climáticas. As primeiras reuniões que definirão o futuro do planeta estão acontecendo esta semana em Bonn, na Alemanha, e o Greenpeace está lá para acompanhar tudo de perto. Esta manhã, ativistas desfilaram com um balão de 2 metros de altura representando o planeta pegando fogo, 60 bicicletas e com a faixa “Urgente: precisamos de líderes que combatam o clima”.
“A corrida para encontrar maneiras conjuntas de combater o aquecimento global começa aqui e os governos precisam iniciar essa rodada de conversas com vigor e determinação. Nós precisamos de líderes que consigam costurar acordos ambiciosos para salvar o clima”, disse Stephanie Tunmore do Greenpeace Internacional. Um dos assuntos que está na pauta da reunião de Bonn é determinar um acordo de médio prazo para reduzir as emissões dos países desenvolvidos. “Os países desenvolvidos precisam parar de brincar com o clima e reduzir suas emissões em, no mínimo, 40% até 2020”, completa.
Ao mesmo tempo em que acontecem as discussões em Bonn, tem início também a reunião do G20 em Londres, aonde os presidente dos EUA, Barack Obama e o presidente da China, Hu Jintao, irão se encontrar pela primeira vez.
“O encontro destes dois presidentes é uma oportunidade perfeita para que os dois maiores emissores de gases de efeito estufa encontrem uma causa comum e liderem as discussões sobre o clima. Um acordo conjunto EUA/China visando soluções para mitigar o aquecimento global pode ser um passo muito importante para quebrar esse impasse que dura décadas e dar início a um legado positivo para o clima”, analisa Tunmore.
As reuniões em Bonn são preparatórias para a Convenção do Clima de Copenhague, na Dinamarca, que acontecerá em dezembro. Lá, os governos irão definir ações concretas sobre como salvar o clima.
Mas o que deve ser acordado pelos governantes na convenção de Copenhague?
• As emissões globais tem até 2015 para chegaram ao nível máximo, e devem diminuir rapidamente após essa data, atingindo um valor próximo a zero até, no máximo, 2050;
• Os países desenvolvidos precisam reduzir suas emissões em, no mínimo, 40% até 2020. Pelo menos ¾ deste valor deve ser atingido pela redução das emissões dentro do país, sem compensar as emissões em outros locais.
• Os países em desenvolvimento devem reduzir suas emissões entre 15 e 30% até 2020, com o apoio dos países desenvolvidos;
• A criação de um mecanismo de financiamento para acabar com o desmatamento e com as emissões associadas em todos os países desenvolvidos deve ser feita até 2020. As áreas chaves para receber financiamento desse fundo são a Amazônia, a Bacia do Congo e as florstas da Indonésia e papua Nova Guiné que precisarão atingir o desmatamento zero até 2015.
site pesquisa:http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/noticias/come-aram-as-discuss-es-globai
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